14 dezembro 2009

Portugal no seu melhor; o orgulho de ser português

Fazer nada é uma arte. Fomos beber desta inspiração para conseguirmos vingar na sociedade contemporânea.

Nós, os portugueses, somos craques nisto e em chico-espertismo... especialmente no que toca a "carcanhol".

A melhor coisa que nos inventaram, desde a criação da roda, foi a criação de crédito a prazo, o que possibilitou a pessoas que habitam em barracas poderem possuir um automóvel de alta cilindrada.

Concluindo, só estes é que irão sobreviver à crise "icebérguica" que está a afundar Portugal.


Duarte Baltazar

9 comentários:

  1. Esse exemplo é a caricatura ideal de um Portugal que se desenvolve com base em créditos a prazo.
    E não são só as pessoas com menos possibilidades financeiras que recorrem a instituições bancárias a fim de usufruírem de um empréstimo bancário, até mesmo o governo português se declara como endividado. Isto acontece porque nasceu nas pessoas a necessidade de terem mais do que podem com os recursos financeiros que possuem. Para tal, os créditos bancários e de outras instituições financeiras têm mostrado uma maior expansão, cada vez são mais publicitados e têm mais clientes.
    E as dívidas agravam-se. É o singular problema do povo português. Pois, se anteriormente, não existia meio de pagar o que não se podia, agora apesar de ter o que quer graças ao dinheiro disponibilizado pelo crédito, não se tem como liquidar o crédito. E o mesmo sucede no governo português, que ao longo dos anos, tem endividado o país, pois tem mais despesas do que receitas.
    E o fazer nada permanece, como o autor do texto diz. A solução talvez seja um novo crédito para pagar o crédito anterior.

    Mafalda Ferreira 36680
    Ciências da Comunicação

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  2. Ora aqui está um post que imediatamente me captou a atenção! Acho que afinal sou mesmo uma portuguesa de gema: a preguiça e o deixar tudo para a última é quase a minha imnagem de marca (infelizmente). O chico-espertismo, por seu lado, jã não é propriamente a minha área de especialidade, mas digamos que acho que é engraçado e ao mesmo tempo triste que esta seja uma característica portuguesa. É triste que achemos piada, e é engraçado que façamos tais figuras ao longo de tantas gerações.

    Do crédito, não tenho grande coisa a acrescentar... É um facto que todos observamos no dia-a-dia. Acho que os portugueses do tal "chico-espertismo" se deslubraram por engendrosos esquemas de markting. E ainda por cima foi na pior altura possível. O comum dos mortais não poderia prever a chegada de uma crise tão profunda, e quem queria ter tudo, ficou atolado nos seus sonhos.

    Quanto à ultima parte do post... tenho a perguntar: será o português desleixado mas desenrascadote o resultado da evolução tal como Darwin a descreve? Caso seja, é assustador que seja do pior de nós que acabamos por evoluir.

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  3. Ups! Reparei agora que não identifiquei o meu comentário do dia 7 de Janeiro.

    Ana Pinto, 36659
    Ciências da Comunicação

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  4. O cidadão português adquiriu o mau hábito de não fazer nada, esperando que as coisas lhe «caiam no colo». Devido à inércia que, aparentemente, afecta a maior parte dos portugueses, somos um povo que não preza o esforço físico e psicológico de trabalhar, vulgarmente denominados de «preguiçosos».
    Porém, não são todos que sofrem desse mal. Existem de facto aqueles que trabalham e lutam por melhores condições de vida; que não ficam à espera que alguém lhes dê alguma coisa e partem à luta por essa coisa. Existem pessoas determinadas em acabar com a fraca vontade de acção dos portugueses.
    E o que lhes acontece? Nada….
    Acabam por ser minimizados numa cultura onde se preza o trabalho já feito e não o fazer o trabalho. Vivem as suas vidas medíocres e, por vezes, não têm tanta sorte na vida como aqueles que nunca mexeram uma palha e vivem «à grande e à francesa».



    Inês Calhias 36671 Ciências da Comunicação

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  5. Como dizia um colega de CC do 3º ano...A unitilidade é promovida no nosso país, assim como em muitos outros. Por isso, "fazer nada" tornou-se das poucas actividades que até trazem frutos. Por isso é que há tanto desemprego. Porque ninguém quer trabalhar, o que as pessoas querem é um "emprego" - conceito que já é empregue à actividade de não fazer nada e depois receber muito no final do mês.

    Joana Perez
    36673

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  6. Essa é a realidade mais fiel do nosso país. Muito bem apontada e descrita.
    Gostava ainda de salientar que um governo corrupto, impreciso, e interesseiro como é o nosso ensina muito bem a população de como se deve desembaraçar na vida. O nosso país é um retrato fiel de uma apatia gigantesca. É um país de aparencias não há dúvida!
    As pessoas deviam ter uma atitude mais activa em relação aos assuntos da sociedade portuguesa, deviam contestar mais, mostrar mais inconformismo, deixar a apatia e o tal chico-espertismo. Quero dizer, devia-se olhar mais para os lados e em frente e não para o próprio umbigo.
    Daniel Lopes
    36668 Ciências da Comunicação

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  7. Só para referir que esse texto também foi feito por mim e não apenas pelo Duarte.
    Agradeço a quem gere o blog que tenha isso em atenção.

    Luis Costa 36678 Ciência da Comunicação.

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  8. Duarte Baltazar a3666919 de janeiro de 2010 às 13:24

    Este foi também da autoria de Luís Costa, nº 36678.

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  9. Caro Duarte,

    partilho contigo o mesmo sentimento: o orgulho de ser portuguesa. O nosso país um grande solidário e, por isso, adere facilmente às novidades sejam elas boas ou más. Pois o crédito a prazo é uma maravilha para aqueles que vivem mais para a imagem do que proprimente para a saúde, alimentação, etc.... nada melhor do que desfilar com um grande BMW e o seu proprietário a clamar que não tem dinheiro para a comida. Acho que é uma metáfora perfeita do nosso país... muito lindo por fora, mas por dentro....(todos perceberam).
    No entanto não é so isto que trsnmite uma linda imagem para o nosso país. Vamos falar da justiça? Há dias vi uma notícia na televisão: "Pai viola e mata filha". Esta notícia despertou-me algum interesse e fui seguindo o desenvolvimento. Uns dias depois o tal "pai" foi a julgamento e imaginem... 2 anos de prisão. Fiquei boquiaberta. Uns dias depois vi outra notícia: "Mulher mata marido com tiro de caçadeira".. quantos anos de prisão? 3!! E curiosamente um rapaz foi apanhado a fazer uns downloads ilegais na internet. Sabem qual foi a pena? 5 anos de prisão. Ora lá está... o nosso país condena arduamente aqueles que não matam. Por isso, povo português, matem mais que é a unica coisa que tem desculpa no nosso país.
    Que Orgulho!!

    Joana Varela
    Ciencias da Comunicação

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